Na última terça postamos esse mesmo lugar, na esquina com a Antônio Carlos. Hoje, o personagem que habitava o 'lambe'... sumiu! E parte do tigre grafitado... também! Briga feia hein!
Uma chuva forte no meio da tarde revelou um suporte inusitado prô sticker de caveira, também postado na última quarta. Um balde usado pelo serviço de limpeza do metrô. Num 'suporte móvel', nos subterrâneos da esquina com a Paulista.
E durante essa mesma chuva flagramos alguns stickers sendo modificados pelo contato com a água(como falamos no post de quarta, dia 11). A já postada "mulher ensacada" no nº1499, e uma espécie de "esquimó" -na esquina com a rua Costa- que depois de molhado ficou ainda mais 'esquimó'...
À noite encontramos um sticker 'joystick de videogame vintage'. Duplamente descolado, foi o que nós precisávamos prá -depois de beber alguns araques- lembrarmos daquelas tardes regadas à Atari, lá nos anos 80.

Mais 'stickers' no que chamamos de "suportes móveis", aqui na augusta: caixas de engraxate(foto), carros de papeleiros, bancas de camelô, entre outros... Dessa vez, "Mr. Pringles" na versão vermelha e o estilizado protagonista de "Laranja Mecânica" em versão pink. No mesmo quarteirão, colado na placa da Rua Costa -quase em frente onde se enfrentaram punks e skinheads no último final de semana- a versão "cor da pele" desse ícone da violência de gangues, colado lá desde antes desse conflito.
Ainda tentando entender que visibilidade justifica cobrir as placas de trânsito, aqui vai mais um 'flagrante' de coladores em ação. Dessa vez de um grupo que pratica esse tipo de 'atropelamento'.
No cruzamento com a Alameda Santos, 'stickers de arte comportamental' habitam postes, placas e faróis. Na mesma esquina, 'stickers' em cartelas -que irão para celulares, agendas e monitores de computador- habitam a banca de um camelô.
Stêncil com imagem de pássaro atropela 'lambe', que por sua vez atropela sticker... Nesse caso, isso não impediu a visibilidade de nenhum deles, que agora coexistem e compõem uma nova imagem.
"Totem" na esquina com a Antônio Carlos.
Farol na esquina com a Paulista. A mesma imagem(caveira) colada na lixeira se repete aqui. Porém, o 'assunto' da foto à esquerda são as marcas de dedos que escorregam do 'sticker' mais alto até outro mais abaixo. Elas demonstram a forma como deve ter sido feita a colagem e registram a ação em si.
TERÇA 17/04


À tardinha se percebe que, apesar da escada, os 'stickers' mais alto sobreviveram e vão continuar colaborando prá perpetuação da espécie...
Num cano à esquerda dessa mesma fachada[*sub- 1499], ao lado da mangueira do ar-condicionado da loja, foi colado um sticker. Mistura de toy, boneco de pano, ou "homem de neve, de pano"... Depois de beber um pouco de araque fiquei com a opção do homem de neve e ainda o vi num "site specific", interagindo com a mangueira que goteja sobre a imagem 'escorrida' de parte do sticker.
SEGUNDA 16/04
Estamos começando a considerar o "Homem Azul" o "imortal" entre os 'stickers' da Augusta. Nesse caso -mais uma vez- habitando a mesma parede que cobriu com grafite alguns stickers colados ali, sobreviveu a mais essa investida. Mesmo que a poucos centímetros do pincel.
Hoje, mais um dia de paralização do serviço de recolhimento de lixo em São Paulo. Stickers com imagens de submarinos interagem com esse mar de detritos.
SEXTA 13/04
Hoje, sexta-feira 13, o 'bandido clichê' -de máscara e camisa listrada- surge no nº1524. Um gato preto cruza o seu caminho no nº1562. E em seguida, na altura da esquina com a Paulista -para o seu azar- ele já encontra-se indefectívelmente preso ao poste por uma cinta de aço.
RELAÇÕES- nesse farol da esquina com a XXX, dois stickers -colados em momentos diferentes, por pessoas diferentes- compõem uma mesma cena: Agora a mão pertence à personagem que 'grita'. Ou seria ao contrário?
QUINTA 12/04
O grafite que há 3 dias ocupa o tapume na esquina com a XXX parece ter sido censurado pelo acaso. Na calçada em frente continua intacta -sob a forma de sticker- a mesma cena de intimidade explícita, dessa vez em versão feminina.
. Na casa de sucos no nºXXX, stickers metódicamente enfileirados habitam a porta de vidro a partir de um padrão pré-estabelecido -provavelmente pelo proprietário do local- para as colagens. Bebi um araque por lá e comecei a encontrar relações entre as colagens enfileiradas e os azulejos na parede do fundo, ou ainda da parede do fundo com os stickers que parecem flutuar sobre os azulejos. Haja araque!
QUARTA 11/04
Stickers em poste demonstram diferentes reações à exposição na rua, a partir da impressão utilizada. Stickers impressos com serigrafia ou copiados à laser mantém-se fiéis às imagens originais. Já os impressos por impressoras 'jato de tinta' ou feitos à mão, à caneta, são modificados pelo contato com a chuva, que tranformacores e formase modifica as imagens a partir da interação com o meio.
Na esquina com a Av Paulista, no alto, sobre uma caixa de alta tensão, habita um dos pombos do Projeto Chã. É um sticker de 'bordas trabalhadas' como uma renda delicada, numa imagem antagônica à logotipia usada em caixas de alta-tensão.
Acho que é o lugar que o Chã merece estar em meio aos coladores de stickers: no ponto mais alto.
Um outro exemplo de colagem modificada pela chuva.

COLAGEM RADICAL- Mosaico de ladrilhos colados com cimento interferem em poste da Rua Augusta.
SEGUNDA 09/04
Totem na esquina com a rua XXX.
Outro lado do totem.
Mr. Pringles, no totem, em versão verde e rosa com 'moicano' "oculto". E no poste em versão "Perigo!".
A mesma imagem que destacamos colada numa lixeira na última terça agora surge como um grafite, na esquina com a Antônio Carlos.
.
CABEÇA DE LARANJA II- Com a ação do tempo, se tornou 'primo' da colagem "cabeça de laranja", blogada em 27/03. Ao ser arrancado, parte do sticker levou consigo a tinta do poste, demarcando mais radicalmente o espaço 'ausente'. À direita, outro poste, com a colagem da forma original.
AUSÊNCIAS- Mais 2 exemplos de 'ausências' em colagens na Augusta. Essa que é uma das formas mais interessantes com que certas imagens surgem no contexto urbano. Pelo menos segundo o gosto de nosso grupo, é claro.
QUARTA 04/04

É, esse é um blog sobre "colagens urbanas", sem se estender diretamente prá outras questões como arquitetura, ciências socias ou coisas do tipo.
Porém, fotografar stickers de manhã muito cedo nos depara com o momento em que algumas calçadas têm mais gente deitada que caminhando.
E esse acaba sendo, pela repetição da cena, o contexto em que se inserem muitas das colagens. O tão cultuado -por nós do arac- entorno à "obra de arte".
Prá não perder o 'as

Ela serve de suporte prá'quele sticker com um "pensador sentado no vaso do banheiro", já blogado na quinta-feira, aí embaixo.
Pelo que presenciei algumas vezes, os próprios meninos transferem as colagens das ruas prás suas caixas.
WASH- num cano d'água, um tag com o som de um cano vazado... ou (com o perdão da rima)seu barulho interno, externado.

O gato, acuado no escuro e imune(?) à "Lei Kassab/Cidade Limpa" parece pensar:
"Tigrão! Seus dias estão contados".
A internet -onde também habita a maioria dos criadores de 'stickers'- surgiu a partir de um projeto militar norte-americano(ARPNET). A imagem aí em cima faz referência ao "Pentágono" e às conexões em rede, a partir de um padrão de ótimo resultado visual, pelo menos prá nós... Tudo isso explicado, a nós, pelo criador desse sticker. Dessa vez nem foi preciso beber araque...